Minhas Publicações

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segunda-feira, 13 de maio de 2019

QUADRANTE PATRULHENSE – TORRES e seus municípios FILHOS


 3.1 RESGATANDO....
Apresentação: Terezinha Borba Quadros – Professora, historiadora e Cidadã emérita deste município.  Descendentes açorianos, alemães e italianos
....Falar sobre a história do município de Mampituba é resgatar a história de seu povo e a estrada percorrida por bisavós, avós e pais até chegar na atualidade. O patrimônio histórico material e imaterial de uma cidade é a maior riqueza de sua gente. É preciso valorizar e conhecer este tesouro, antes que desapareça. Portanto, o povo de Mampituba está de Parabéns, pois a Vereadora e Professora Cloreci Ramos Matos, está buscando não perder as raízes, através da pesquisa oral, pois na atualidade, historiador de tempo recente é um criador do arquivo da palavra, ao registar as falas dos atores sociais. Como oralista da história, sua prática deve ser cuidadosa na técnica de depoimentos, bem como na análise e na interpretação, porque também precisam narrar emoções, silêncios, exclamações, interrogações e risos. Trata-se de um instrumento de compreensão das ações humanas e dar suas relações de compreensão das suas relações com a sociedade organizada.>
QUADRANTE PATRULHENSE – TORRES e seus municípios FILHOS
Falar desse município é uma tarefa muito difícil pela grandiosidade deste povo, suas histórias e suas paisagens, mas, o que muito bem estão fazendo o povo dessa terra.
Vou falar do amado MAMPITUBA / antiga RUA NOVA de forma sucinta.
Em 07 de outubro de 1809. Por ordem da realeza D. JOÃO VI, foi criada a 1ª rede de municípios do Rio grande do Sul, sendo em número de quatro: Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha.
Pertencemos a SANTO ANTÔNIO, onde atualmente conta com 77 municípios e inseridos nesta rede o Município de Torres e seus 6 filhos.
Arroio do Sal- emancipado em 1988;
Três Cachoeiras - emancipado em 1988;
Três Forquilhas - emancipado em 1992;
Morrinhos dos Sul- emancipado em 1992;   
Dom Pedro de Alcântara- emancipado em 1995;
E no mesmo ano pela Lei nº 10.671 de 28 de dezembro de 1995, cria o município de MAMPITUBA, instalado em 1º de janeiro de 1997.
              Nossa Região é uma mistura de etnias, por volta de 1.752, foram se instalando os primeiros açorianos, vindo das Ilhas do Arquipélago dos Açores, que foram entrando para a região por Laguna e Viamão.
Abaixo o ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES, de onde muitos dos nossos
Ascendente do além mar, partiram com destino às terras brasileiras.
ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES

AÇORIANOS, ALEMÃES E ITALIANOS
Mas, por muitos anos São Domingos das Torres, nada mais era do que uma passagem do Norte para o sul. Por ser a divisa de província do Rio Grande do sul e Santa Catarina.
Somente em 1803 chegou o Sargento Manoel Ferreira Porto (português ilhéu) denominado o nosso fundador e ainda nomeado comandante da Guarda. (Do forte).
Mais tarde foi construído o Presídio que deram o nome “Baluarte Ipiranga” presos de guerra, sobre comando do já Alferes Manoel Ferreira Porto.
Em 1815 o Alferes, recebeu autorização do Bispo para construir uma capela com mãos de obra de prisioneiros e índios. Em 24 de outubro de 1824 foi inaugurada, sofrendo depois algumas alterações- é hoje a IGREJA SÃO DOMINGOS “das Torres”.
Em 17 de novembro de 1826, chegaram os primeiros imigrantes alemães, por inúmeros motivos os católicos, após muito sofrimento na região alagada em Torres, foram se fixar em Colônia de São Pedro e os Protestantes já  se estabeleceram no Vale de Guananazes, atual Três Forquilhas, pois com as famílias veio o Pastor Voges, professor e médico. Aproximadamente por volta de 1890, foram chegando os italianos, vindos da região serrana, estabelecendo-se na região de Pirataba e Morro Azul.
3.2 PECULIARIDADES
O processo de desenvolvimento de Torres, acontecia lentamente, devido as grandes dificuldades de acesso (estradas) que era feito então, pelas lagoas, rios e tropas de mulas.
O município de Mampituba, sua emancipação se deve a coragem e ao carisma do grande guerreiro Élio de Farias Matos, pelo exemplo de luta, enquanto Vereador ( duas gestões), no município pai – “Torres”.  Sendo, reconhecido por sua comuna e assim o primeiro PREFEITO do novo município filho - “MAMPITUBA”.
Registro aqui algumas peculiaridades e coincidências deste povo.
 O 1º Prefeito de Torres - Moysés Camillo de Farias, foi o Padrinho de Batismo do 1º Prefeito deste município, Élio de Farias Matos.

 






O 2º Prefeito de Torres, Cel. Severiano Rodrigues da Silva, tem aqui nessa comunidade muitos dos seus descendentes, entre eles o bisneto, o atual Vereador Arnaldo da Silva. Foi também Patrono da Escola Municipal, na localidade de Rio de Dentro.

 3.3 MAMPITUBA: nome e suas origens.
RIO que faz divisa entre o nosso Estado e o de Santa Catarina.
              Na linguagem dos indígenas, tanto pode ser PAI DO FRIO, como rio de muitas curvas ou Serpentes (cobras chatas).
              Um Rio com um curso de 18,5 km de extensão, que se origina pela junção do Rio Sertão e Glória.
             Seu nome deriva-se, segundo Teodoro Sampaio, de mã-pituba = coisa que é arejada, ventilada.
             Segundo Vieira da Rosa, porém, de MAMDI-TUBA - Onde há muitos mandins, peixe este que, se encontra em abundância no curso do rio, a nós parece a antiga forma IBOPETUBA, indica que no nome do rio entra a palavra tupi “imboi” = a COBRA.

3.4 CARACTERÍSTICAS
A profundidade fica em 5 metros logo na barra do Sertão, a largura média uns 60 metros, vindo a estreitar até 4 e 5 metros de largura, o que dificulta a navegabilidade.
Os únicos afluentes do Mampituba são: na margem esquerda a sanga da Madeira, escoadouro navegável da lagoa do Sombrio, que por sua vez está em comunicação com a do Caverá; na margem direita a Sanga da água boa de Torres, sangradouro da lagoa de Torres.
Dos galhos componentes do Mampituba o mais importante é o SERTÃO.
ALGUMAS IGREJAS DO MUNICÍPIO DE MAMPITUBA
E importante que o passado não se perca, por isso me propuz, na década de 90, pesquisar e registrar através de imagens, parte da história religiosa deste município.
Estes verdadeiros templos espirituais, pontos de valor cultural para o município, além da magia e do encantamento, as histórias das famílias com seus parentes e vizinhos, seus costumes, aspirações, tristezas, alegrias e principalmente sua simplicidade. É nessa simplicidade que se pode ver o belo.
Toda cidade e toda comunidade, seja urbana ou rural ela inicia-se com um aglomerado de famílias, e ali vai surgindo o povoado, o natural é a construção de uma capela, uma igreja é um marco, é o ápice do seu início. Uns cresceram, outros permanecem pequenos povoados, mas tem uma referência: a igreja.
 3.5 – IGREJAS DO MUNICÍPIO
IGREJA PIONEIRA NO MUNICÍPIO DE TORRES. Inaugurada em 1824.
Destacou-se naquela ocasião, no decorrer da minha pesquisa, no antigo são domingos “das Torres”, a Religião Católica Apostólica Romana, sendo na ocasião a mais difundida na Região.
 RUA NOVA/ MAMPITUBA. Construção iniciada 1947 e CONCLUÍDA EM 1951. Padroeiro São José 
                                            
                        Chapada do Morro Bicudo



COSTÃOZINHO- PADROEIRO SANTO ANTÔNIO. Construída em 1930. com reformas em 1945 inaugurado um sino com 109 quilos. REFORMA EM 1965. 

  

VILA BROCCA- IGREJA NOSSA SENHORA APARECIDA.

  ROÇA DA ESTÂNCIA. Padroeiro BOM JESUS. Construída em 1955.   
MORRO TAQUARUÇU –Padroeira Santa Terezinha .Construída em 1987.



 Salão -  Igreja – Escola Rio da Invernada


RIO DE DENTRO – Padroeiro São MANOEL. Construída em 1990.






Fica aqui um QUESTIONAMENTO ?
ESCOLA E CAPELA ? Espaço de 
Propriedade de João Ferreira Alves, funcionou neste local: Consultório dentário, correio, bar. 



Professora /Pesquisadora: Terezinha C. de Borba Quadros


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