Apresentação:
Terezinha Borba Quadros – Professora, historiadora e Cidadã emérita deste
município. Descendentes
açorianos, alemães e italianos
....Falar sobre a história do município de Mampituba é resgatar a
história de seu povo e a estrada percorrida por bisavós, avós e pais até chegar
na atualidade. O patrimônio histórico material e imaterial de uma cidade é a
maior riqueza de sua gente. É preciso valorizar e conhecer este tesouro, antes
que desapareça. Portanto, o povo de Mampituba está de Parabéns, pois a
Vereadora e Professora Cloreci Ramos Matos, está buscando não perder as raízes,
através da pesquisa oral, pois na atualidade, historiador de tempo recente é um
criador do arquivo da palavra, ao registar as falas dos atores sociais. Como
oralista da história, sua prática deve ser cuidadosa na técnica de depoimentos,
bem como na análise e na interpretação, porque também precisam narrar emoções,
silêncios, exclamações, interrogações e risos. Trata-se de um instrumento de
compreensão das ações humanas e dar suas relações de compreensão das suas
relações com a sociedade organizada.>
QUADRANTE PATRULHENSE –
TORRES e seus municípios FILHOS
Falar desse município é uma tarefa muito difícil pela grandiosidade
deste povo, suas histórias e suas paisagens, mas, o que muito bem estão fazendo
o povo dessa terra.
Vou falar do amado MAMPITUBA / antiga RUA NOVA de forma sucinta.
Em 07 de outubro de 1809. Por ordem da realeza D. JOÃO VI, foi criada a
1ª rede de municípios do Rio grande do Sul, sendo em número de quatro: Porto
Alegre, Rio Grande, Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha.
Pertencemos a SANTO ANTÔNIO, onde atualmente conta com 77 municípios e
inseridos nesta rede o Município de Torres e seus 6 filhos.
Arroio do Sal- emancipado em 1988;
Três Cachoeiras - emancipado em 1988;
Três Forquilhas - emancipado em 1992;
Morrinhos dos Sul- emancipado em 1992;
Dom Pedro de
Alcântara- emancipado em 1995;
E no mesmo ano pela Lei nº 10.671 de 28
de dezembro de 1995, cria o município de MAMPITUBA, instalado em 1º de
janeiro de 1997.
Nossa Região é uma mistura de etnias, por volta de 1.752, foram se
instalando os primeiros açorianos, vindo das Ilhas do Arquipélago dos Açores,
que foram entrando para a região por Laguna e Viamão.
Abaixo o ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES, de onde
muitos dos nossos
Ascendente do além mar, partiram com destino às terras brasileiras.
Ascendente do além mar, partiram com destino às terras brasileiras.
ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES
AÇORIANOS,
ALEMÃES E ITALIANOS
Mas, por muitos anos São Domingos das Torres, nada mais era do que uma
passagem do Norte para o sul. Por ser a divisa de província do Rio Grande do
sul e Santa Catarina.
Somente em 1803 chegou o Sargento Manoel Ferreira Porto (português
ilhéu) denominado o nosso fundador e ainda nomeado comandante da Guarda. (Do
forte).
Mais tarde foi construído o Presídio que deram o nome “Baluarte
Ipiranga” presos de guerra, sobre comando do já Alferes Manoel Ferreira Porto.
Em 1815 o Alferes, recebeu autorização do Bispo para construir uma
capela com mãos de obra de prisioneiros e índios. Em 24 de outubro de 1824 foi
inaugurada, sofrendo depois algumas alterações- é hoje a IGREJA SÃO DOMINGOS
“das Torres”.
Em 17 de novembro de 1826, chegaram os primeiros imigrantes alemães, por
inúmeros motivos os católicos, após muito sofrimento na região alagada em
Torres, foram se fixar em Colônia de São Pedro e os Protestantes já se estabeleceram no Vale de Guananazes, atual
Três Forquilhas, pois com as famílias veio o Pastor Voges, professor e médico.
Aproximadamente por volta de 1890, foram chegando os italianos, vindos da
região serrana, estabelecendo-se na região de Pirataba e Morro Azul.
3.2 PECULIARIDADES
O processo de desenvolvimento de Torres, acontecia lentamente, devido as
grandes dificuldades de acesso (estradas) que era feito então, pelas lagoas,
rios e tropas de mulas.
O município de Mampituba, sua emancipação se deve a coragem e ao carisma
do grande guerreiro Élio de Farias Matos, pelo exemplo de luta, enquanto
Vereador ( duas gestões), no município pai – “Torres”. Sendo, reconhecido por sua comuna e assim o
primeiro PREFEITO do novo município filho - “MAMPITUBA”.

RIO que faz divisa entre o
nosso Estado e o de Santa Catarina.
Na linguagem dos indígenas, tanto
pode ser PAI DO FRIO, como rio de muitas curvas ou Serpentes
(cobras chatas).
Um Rio com um curso de 18,5 km de
extensão, que se origina pela junção do Rio Sertão e Glória.
Seu nome deriva-se, segundo
Teodoro Sampaio, de mã-pituba = coisa que é arejada, ventilada.
Segundo Vieira da Rosa, porém, de MAMDI-TUBA
- Onde há muitos mandins, peixe este que, se encontra em abundância no
curso do rio, a nós parece a antiga forma IBOPETUBA, indica que no nome
do rio entra a palavra tupi “imboi” = a COBRA.
3.4
CARACTERÍSTICAS
A profundidade fica em 5 metros logo na barra do Sertão, a largura média
uns 60 metros, vindo a estreitar até 4 e 5 metros de largura, o que dificulta a
navegabilidade.
Os únicos afluentes do Mampituba são: na margem esquerda a sanga da
Madeira, escoadouro navegável da lagoa do Sombrio, que por sua vez está em
comunicação com a do Caverá; na margem direita a Sanga da água boa de Torres,
sangradouro da lagoa de Torres.
Dos galhos componentes do Mampituba o mais importante é o SERTÃO.
ALGUMAS IGREJAS DO
MUNICÍPIO DE MAMPITUBA
E importante que o passado não se perca, por isso me propuz, na década
de 90, pesquisar e registrar através de imagens, parte da
história religiosa deste município.
Estes verdadeiros templos espirituais, pontos de valor cultural para o
município, além da magia e do encantamento, as histórias das famílias com seus
parentes e vizinhos, seus costumes, aspirações, tristezas, alegrias e
principalmente sua simplicidade. É nessa simplicidade que se pode ver o belo.
Toda cidade e toda comunidade, seja urbana ou rural ela inicia-se com um
aglomerado de famílias, e ali vai surgindo o povoado, o natural é a construção
de uma capela, uma igreja é um marco, é o ápice do seu início. Uns cresceram,
outros permanecem pequenos povoados, mas tem uma referência: a igreja.
Destacou-se naquela
ocasião, no decorrer da minha pesquisa, no antigo são domingos “das Torres”, a
Religião Católica Apostólica Romana, sendo na ocasião a mais difundida na
Região.
Chapada do Morro
Bicudo
COSTÃOZINHO-
PADROEIRO SANTO ANTÔNIO. Construída em 1930. com reformas em 1945 inaugurado um
sino com 109 quilos. REFORMA EM 1965.


ESCOLA E CAPELA ? Espaço de

Propriedade de João Ferreira Alves, funcionou neste local: Consultório dentário, correio, bar.
Professora /Pesquisadora: Terezinha C. de Borba
Quadros
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