Minhas Publicações

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terça-feira, 27 de agosto de 2019


Lembranças de meus avós

 Almir Monteiro Correa, funcionário público, prefeitura municipal de Mampituba.36 anos neto de José Emidio Monteiro, filho de  Augusto Santos Correa e Ondina Monteiro Correa 
Colaboradores: Ondina Monteiro Correa(história) e Deoclides Monteiro (fotos)
3.17.1 - José Emídio Monteiro e Maria José Monteiro
Ainda lembro e lembro muito bem, de meu avô e sua figura e personalidade inconfundíveis, sua boina cobrindo os seus cabelos brancos, o palito de fósforo sempre no canto da boca, aquele velho pedaço de mangueira preta com qual brincava e batia em minha cabeça para depois me presentear com balas e pirulitos e de sua vestimenta tradicional e inconfundível bombachas e botas sempre, de minha avó lembro dela sentada em seu sofá e de seu cabelo que era muito fininho e liso e que continuou preto mesmo com o passar do tempo.
José Emídio Monteiro nasceu na localidade de morro do forno no dia18/12/1902  filho de Emídio Jose monteiro e Carolina Selau o pai de origem açoriana a mãe de origem alemã, perdeu a mãe muito cedo aos sete anos de idade, que morreu ao dar à luz a uma de suas irmãs e a criança vindo a falecer também, assim mudou se para a serra e foi criado por uma casal de amigos de seu pai, seu pai se casou novamente, teve dois irmão legítimos, Emídio Monteiro (miduca) e Teodoro Monteiro e da segunda família de seu pai teve mais seis irmãos, Abel, Emília (Loca),João, Marculina, Maria (nenê) e Osvaldino(nina).
3.17.2 - Tropeirismo Desde jovem dedicou-se a diferentes atividades profissionais entre elas foi carpinteiro agricultor, açougueiro, comerciante e  tropeiro esta última fazendo com que ele passasse a viajar e conhecer regiões distintas numa dessas viagens conheceu Maria José  Teixeira  em Santo Antônio da Patrulha. Nascida em Santo Antônio da Patrulha no dia10/05/1912 filha de Maria José Teixeira dos Reis e Silvério dos Reis ambos brasileiros de origem de Santo Antônio da Patrulha. Casaram-se passando a morar inicialmente em Santo Antônio da Patrulha local onde nasceram os dois primeiros filhos, logo depois mudaram se para a Praia Grande e depois Mampituba que na época se chamava Rua Nova locais onde nasceram os outros filhos.
Alternando entre idas e vindas e várias mudanças, ao se estabelecer em Praia Grande exerceu as profissões de comerciante e açougueiro, mudou se novamente para a Rua Nova no ano de 1951 trabalhando com armazém, açougue, engenho produção de açúcar mascavo, e plantação de cana de açúcar morando na Rua Nova durante os anos de 1951 e 1962, depois mudou-se para Vila Brocca e mais tarde encruzo Marçal na Vila Pereira Lentz no período entre 1961 e 1962 onde também teve um comércio, com as mudanças passando e se tornar uma rotina para família mudaram-se novamente para Praia Grande permanecendo lá de 1963 a 1970. Retornou um curto período para o encruzo Marçal até 1972 saindo antes da grande enchente que ocorreu em março de 1974 , quando aconteceu a enchente José Emídio se encontrava na serra do faxinal como havia deixado a família precisou voltar  e devido aos estragos causados pela enchente  teve que descer a serra do faxinal a pé isto  já com 72anos de idade, além  disso devido a enchente perdeu uma casa situada no encruzo Marçal, depois da enchente retornou mais uma vez ao encruzo Marçal construiu uma nova casa e residindo ali de 1978 até 1982 depois retornaram a Praia Grande onde viveram por dez anos até o fim de suas vidas.
Maria José Monteiro faleceu em sua casa, aos 80 anos de idade, no dia no dia 24 de julho de 1991 e José Emídio Monteiro também em sua casa com 91 anos de idade no dia 21 de maio de 1992 ambos estão sepultados no cemitério de Praia Grande.
Ao todo José Emídio Monteiro e Maria José Monteiro tiveram treze filhos: Osvaldina, Orlandina, Deomar, Deoclesio, Onira, Ondina, Oneide, Olga, Olma, Deoclides, Ocilma, Orlene e Olenir sendo 5 falecidos: Orlandina, Onira, Oneide, Olga, Olma as três últimas falecendo ainda crianças e as duas últimas gêmeas, e tiveram também trinta netos; trinta e cinco bisnetos e 14 tetranetos. Uma grande família.
Como sempre ouço minha mãe e meus tios dizerem a casa dos meus avós era sempre cheia de gente, na mesa da casa deles sempre cabia mais um, meu avô não foi um homem rico não teve grandes posses nem foi político nem nada disso, foi um homem simples de hábitos simples, um pescador passava as tardes pescando, pois esse era seu passatempo preferido, mas foi um grande homem sem sombra de dúvida foi e junto com minha avó construíram uma grande família a minha família, com certeza foram suas maiores riquezas, e valores como honestidade, bondade e generosidade foram as maiores heranças deixadas por meu avô a sua família.
Usando um verso de uma canção escrita pelo maior cantor gaúcho de todosos tempos Teixeirinha, faço uma homenagem ao meu avô José Emídio Monteiro, minha avó e toda a família Monteiro.
``Tropeiro velho hoje descansa em paz
Estou fazendo aquilo que ele fez
Os anos passam também fico velho
Vou esperando chegar minha vez´´
 Teixeirinha







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