1.1 Terezinha
Conceição de Borba Quadros
“Mampituba,
terra do relevo exuberante”
A história de Torres é antiga,
admirável e cheia de fatos e acontecimentos que, embora esquecidos, pertencem
ao mais ilustre passado da terra farroupilha.
O ano de 1531 assistiu ao reconhecimento do
MAMPITUBA quando o navegador Lopes de Souza, fez este registro em seu “diário”
de viagem, desembarcando na foz do rio que serviria, depois, de linha divisória
entre as duas capitanias meridionais da América Portuguesa (Rio Grande do sul e
Santa Catarina).
A denominação de Mampituba ao rio, na
linguagem indígena, pode designar “pai do frio” ou rio de muitas curvas ou
serpentes Este lugar, verdadeiro ponto estratégico que muito preocupou os
governantes, pois Torres era um território de trânsito para o extremo Sul durante
todo o século XVIII (caçadores de minas, jesuítas e bandeirantes...), tornou-se
mais tarde intensa passagem do exército, formando-se uma verdadeira “Estrada
Militar” ao longo de suas praias, as escarpas e dos campos que se estendem do
Mampituba para o Sul.
No decorrer do tempo o Mampituba recebeu
várias denominações como: Rio Baixo, Rio Cerrado, Rio Martim Afonso de Souza,
porém, nenhum nome teve forte respaldo, pois não conseguiram mudar seu nome.
Torres emancipou-se em 22 de maio de 1878
pela Lei Provincial n° 1152, e, atualmente conta com 05 (cinco) filhos, sendo o
mais novo deles o MAMPITUBA. Esse novo município nos mostra sua beleza ímpar
pelas suas diferenças geográficas tão exuberantes, morros, vales, riachos e a
beleza do curso natural – Rio Mampituba – que deu origem ao mais novo
município, filho de Torres.
Minha convivência mais acentuada com a região
e com o hospitaleiro povo dessa terra deu-se em 1993.
Nesta ocasião, em Torres, assumi a secretaria
Municipal de Educação e Cultura, que me deu o privilégio de conhecer a beleza
da região, bem como suas comunidades e seu povo, isto se deu através de
visitações às Escolas, sendo desnecessário enumerá-las, pois, provavelmente,
constarão neste documentário, mas cuja aproximação com os mesmos me permitiu
melhor conhecer a comunidade em questão.
A história é construída em caminhada conjunta
e, nesta trilha, alguns personagens traçam sua própria história, com seus
efeitos e presença em destaque especial, destaca: Élio de Farias Matos e sua
esposa Cloreci Ramos Matos como figuras ilustres que vem dando novo matiz e
rumo à história Mampitubense.
Em 28 de dezembro de 1995, emancipa-se
“Mampituba” vindo a Ter como I Gestão Élio de farias Matos, a quem admiro muito
pela integridade e popularidade junto aos seus conterrâneos. Sendo um
administrador competente, conseguindo ao pouco tempo transformar o Distrito de
Rua Nova, atual município de Mampituba, em uma cidade progressista pela sua
dinamicidade e planejamento.
Hoje, Mampituba, é orgulho para o município –
Mãe.
Em 1998, Mampituba, prazerosamente, aceitei o
convite para assumir a pasta da Secretaria Municipal de Educação, Saúde e Cultura.
A educação já era uma área que eu dominava, enquanto que a saúde se constituía
em uma nova descoberta o gosto e o entusiasmo, pela convivência com sua dinâmica,
seus projetos e contextos diferenciados, sendo um momento de grande
aprendizado, com certeza, embora no período de 08 (oit0) meses, pude deixar
minha contribuição. Tive o prazer de acompanhar de perto o romper cresente a
cada dia: obras, construções sociais, investimentos vários, entre outros. Pude
conviver com os munícipes feliz, pela sua boa administração que investe a cada
dia em favor seu povo.
Posso dizer com segurança que “ cidade da
gente é como mãe – tanto é a que nos deu a vida como aquela a quem demos o
coração,” Mampituba acolheu-me em parte de minha vida, e nele ficou parte de
meu coração.
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